jornal 7*B: diversão

Total de visualizações de página

diversão

Eu tenho o sono muito leve e, numa noite dessas, notei que havia alguém 
andando sorrateiramente no quintal de casa. 
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá 
de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. 
Como minha casa é muito segura, com grades nas janelas e trancas 
internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas é claro que eu não 
ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente. 
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. 
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da 
casa. 
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto 
param ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. 
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: 
- Olá, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não 
precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta 
calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. Putz, o 
tiro fez um estrago danado no cara! 
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da 
polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a 
turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. 
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara 
de assombrado. 
Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da 
Polícia. 
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: 
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. 
Eu respondi: 
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível... 

Bem, para quem ainda não pensou bem na nova Lei do desarmamento, e se 
caso ela entrar em vigor, ja pode ir treinando para chamar a polícia.